Dados/Estatísticas de Mercado

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Jovi
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Indústria Brasileira de motocicletas cresce mais de 20% no primeiro semestre de 2007

São Paulo - A indústria brasileira de motocicletas fechou o primeiro semestre deste ano com crescimento acumulado de 23,1% na produção e de 25,8% nas vendas. Segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), a indústria produziu até junho 876.508 unidades ante 711.937 no mesmo mês do ano passado. De janeiro a junho as vendas no mercado interno foram de 790.486 unidades em comparação a 628.214 unidades vendidas no mesmo período do ano passado.

Os números do balanço divulgado são das fabricantes Harley-Davidson, Honda, Kasinski, Sundown, Yamaha, Caloi e Prince, associadas da Abraciclo.

Na avaliação do diretor-executivo da entidade, Moacir Alberto Paes, o aumento das vendas se deve às facilidades de crédito, à estabilidade econômica e ao emprego. Além da questão econômica, segundo Moacir, o desenvolvimento de bons produtos e a utilização da motocicleta como meio de transporte eficiente também são fatores que explicam o desempenho do setor.

No setor de bicicletas, segundo Moacir, não houve crescimento, mas ele lembrou que o Brasil é o terceiro produtor mundial do setor, ficando atrás da China e da Índia. Em 2005 foram cinco milhões de unidades produzidas e vendidas. Em 2006 foram 4,5 milhões e a previsão para 2007 é alcançar o resultado de 2005, cerca de cinco milhões de unidades.

Segundo a Abraciclo, 55% das vendas de motocicletas em 2006 foram financiadas, 15% foram à vista e 30% por consórcio.

De acordo com o presidente da entidade, Paulo Shuiti Takeuchi, o setor de duas rodas vive um bom momento. "É reflexo da economia. Os indicadores econômicos são muitos positivos, a baixa inflação, os juros caindo e a oferta de crédito fazem com que o consumo seja elevado. O momento é realmente positivo".

Shuiti Takeuchi observa, no entanto, que as montadoras têm desafios pela frente. "O grande desafio dos fabricantes é administrar a produção, o abastecimento de materiais, de componentes e matérias-primas de fornecedores. Esperamos para o segundo semestre manter o setor aquecido".

Por Petterson Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Código de Trânsito Brasileiro, Art. 29, XII, § 2º. Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.

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Motocicleta se consolida como meio de transporte popular, diz associação

São Paulo - Com os números alcançados pela indústria brasileira de motocicleta, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), o veículo se consolida como meio de transporte popularno país.

De acordo com o presidente da entidade, Paulo Shuiti Takaeuchi, além das questões econômicas, que propiciam a aquisição da motocicleta, a dificuldade do transporte coletivo faz com que a motocicleta seja aceita como veículo nacional como meio de transporte.

"Os números comprovam isso", disse.

Nos últimos oito anos, a frota existente na região Norte do país cresceu 590%, na região Nordeste 372%, na região Centro-Oeste 280,3% e na região Sudeste 191%.

Para o diretor-executivo da entidade, Moacir Alberto Paes, a agilidade que se tem com as motocicletas para circulação em qualquer local de trânsito explica a grande aceitação da motocicleta no Brasil. "Hoje em condições normais de temperatura e tráfego, a motocicleta é o meio mais rápido que qualquer outro transporte que se possa ter na cidade".

Por Petterson Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Código de Trânsito Brasileiro, Art. 29, XII, § 2º. Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.

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Cai a produção e vendas de motocicletas em julho

A indústria brasileira de motocicletas apresentou leve oscilação nos números referentes à produção e vendas de julho último. Segundo a Abraciclo - Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, o setor fechou o mês com 110.566 motocicletas produzidas, um decréscimo de 21,7% se comparado ao mês anterior. A queda registrada na produção foi acompanhada pelo desempenho das vendas ao mercado interno com 98.042 unidades vendidas, volume 18,7% menor em relação a junho. As exportações, no entanto, registram saldo positivo, com 42,2% de aumento, com 17.563 peças exportadas, contra 12.374 de junho.

Segundo Paulo Shuiti Takeuchi, presidente da entidade que congrega as montadoras de motocicletas, os números de produção, vendas e exportações obedecem aos parâmetros previstos pela entidade. “As variáveis apontadas traduzem as mesmas oscilações encontradas nos anos anteriores, com queda no mês de julho e a perspectiva de recuperação já no próximo período. Contudo os totais acumulados demonstram que os prognósticos feitos por época do fechamento do semestre permanecem acertados, mantendo-se um crescimento da ordem de 19% para este ano”, declara.

No comparativo entre os meses de julho deste ano e do ano anterior houve um crescimento de 20,1% representado pelas 98.042 sobre as 80.123 unidades registradas no mesmo período do ano passado. A produção aponta 110.566 unidades em julho, 22,4% superior às 92.055 motocicletas produzidas em julho de 2006.

As exportações surpreenderam com um leve aumento de 10,5% registrado sobre o mesmo mês do ano passado, 17.563 sobre 15.900. “Os números de exportação, embora apontando uma leve subida, não traduzem, contudo, inversão da tendência de queda prevista para o mercado exterior”, disse Takeuchi.

Mesmo registrando uma leve queda de produção e vendas no mês de julho, o saldo continua positivo, projetando a continuidade de crescimento e a consolidação do segmento no setor de transportes. O levantamento dos meses de julho dos últimos quatro anos mostra vendas de 62.106 unidades em 2004, 55.039 em 2005, um salto para 80.123 já em 2006, chegando às 98.042 motocicletas no ano em curso.

A produção repetiu esses resultados, sempre com uma pequena depressão durante o mês de julho, ocasionada pela incidência de férias nos setores de produção e um recrudescimento nas vendas por conta do inverno mais rigoroso na região Sul.

SALÃO DAS DUAS RODAS

A proximidade de mais uma edição do Salão das Duas Rodas, evento setorial de grande importância, apresentará produtos de força tecnológica ímpar, além das inúmeras novidades em veículos, acessórios e equipamentos. As montadoras associadas a ABRACICLO preparam suas apresentações e de seus produtos para um público que deverá superar as 200 mil pessoas presentes em 2005.

Fonte: Abraciclo
Departamento de comunicação Anfamoto
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Uma ótima dica do Well é o site:

http://www.abraciclo.com.br/

Tem as estatíticas de vendas de motos de todas as marcas...

É possível ver a diferença de vendas entras as marcas, nesse endereço: http://www.abraciclo.com.br/vendas07.html
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Paraguai aumenta montagem de motocicletas e quer exportar ao Brasil
da Efe, em Assunção

A montagem de motocicletas no Paraguai cresceu 32% nos seis primeiros meses do ano, informaram nesta quinta-feira autoridades do setor.

O ministro da Indústria e Comércio, Juan Ibarra, disse que no primeiro semestre de 2007 "a montagem de motocicletas chegou a 60.593 unidades, 32% a mais que no mesmo período de 2006."

Ibarra disse que, "em breve", seu país poderá exportar motos para o Brasil, "graças aos avanços nas negociações" iniciadas em junho entre autoridades e industriais paraguaias e brasileiras.

Para efetivar a exportação, o Paraguai deve incluir em suas motocicletas 40% de peças nacionais ou regionais para seu envio com tarifa zero, de acordo com as exigências comerciais do Mercosul.

O Paraguai começou a montar motocicletas com peças usadas principalmente da Ásia a partir de 2002, quando registrou uma produção de 3.910 unidades.

Atualmente, são registradas pelo menos 11 médias empresas e unidades de montagem, que em 2006 chegaram a uma produção de 100 mil motocicletas, segundo números oficiais.

Ibarra estimou que no final do ano a produção poderia chegar um aumento de mais de 20 mil unidades.
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rafaeladvogado
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bem que o paraguai poderia montar lá:

suzuki hayabusa gsx1300-r

kawasaki ninja zx 1400-r

Harley Road King... etc...

hehehhe daí os 40% de peças nacionais poderia ser a fibra das carenagens das motos... hehehe ou os raios da harley hehehe

SErá que entraria no Brasil com tarifa 0% ????? :wink:
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Jovi
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Há cinco anos a indústria de motos cresce mais rápido do que o país: 10% ao ano. Na mesma velocidade da indústria de motos anda o comércio de motopeças.

Aí começa um sério problema para o motociclista que não estiver atento: em todo o Brasil, principalmente nas grandes cidades, é possível encontrar qualquer tipo de peça, de todas as marcas, de origem legal, porém muitas vezes também de origem duvidosa. Existem diversas lojas mercado afora.

Diversas trabalham sério. Outras, vendem como se fossem originais as peças falsificadas ou piratas, imitações de baixo custo e qualidade que chegam ao país na maioria das vezes através de contrabando. O maior prejudicado é sempre o consumidor, que na hora da compra, olhando apenas o preço, sem saber está colocando sua própria segurança em risco.

Por isso, combater a pirataria vai além do interesse das indústrias. É questão de interesse público, pois a utilização de peças genuínas visa combater a sonegação fiscal, garantir a geração de empregos formais e principalmente defender o consumidor, já que o pirata não oferece qualidade, conseqüentemente nenhuma segurança, e muito menos garantia.
Fonte: Honda :wink:
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Alguém sabe onde tem os dados da Susuki? Na Abraciclo não consta essa marca.... :roll:
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Indústria de motos cresce 22% e vende 1,6 milhão de unidades
08/01/2008

da Folha Online

O ano de 2007 terminou dentro das expectativas da indústria de motocicletas. Com 1,734 milhão de motocicletas produzidas em 2007, o mercado de duas rodas cresceu 22,7%, em relação ao ano de 2006, segundo dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas e similares). As vendas alcançaram 1,6 milhão de unidades, alta de 22%.

No comparativo entre dezembro de 2007 com o mesmo período do ano anterior, a produção cresceu 24,5%, ou seja, 85.226 unidades, quando em 2006 saíram das linhas de montagem 68.467 motocicletas.

De acordo com as expectativas da entidade, o crescimento de 2007 deve se manter de forma equilibrada pelos próximos anos. "Os números obtidos no ano passado confirmam as perspectivas e ressaltam o bom momento do setor", afirmou o presidente da Abraciclo, Paulo Shuiti Takeuchi.

Para 2008 as previsões de alta se mantêm e a Abraciclo espera crescimento de 13,7% nas vendas para o mercado interno, chegando a marca de 1,820 milhão de unidades. Já a produção deve ter um aumento de 11,9%, com 1,940 milhão de motos.

Exportações

As exportações em dezembro foram 14,3% menor que em novembro de 2007. Entretanto, foram exportadas neste mês 9.300 motos, volume 9,9% superior as comercializadas para o mercado externo em dezembro de 2006.

No ano de 2007 foram exportadas 139.880 motocicletas, representando uma redução de 16,8% quando comparado com o ano de 2006, confirmando as previsões.
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Marginalizados, motoboys se redimem somente como nicho de mercado

Rodrigo Bertolotto
Em São Paulo

No pavilhão vizinho acontecia a Expo Noivas. Mas ali, no lugar da grinalda, estava o capacete. Em vez de vestidos brancos com renda, jaquetas negras com fitas reflexivas. Nada de limusines megalomaníacas: o que imperava eram os veículos sobre duas rodas. O 3º Motoboy Festival mostrou que a categoria que busca atualmente reconhecimento político e social foi há tempos aceita economicamente.

"Os empresários já nos enxergam como ótimos consumidores", sintetiza Gilberto dos Santos, presidente do Sindimotosp, sindicato que liderou a manifestação que reagiu à série de proibições municipais aos motociclistas (desde a circulação na via expressa das marginais até a garupa).
"Os motoboys têm de ser aceitos como cliente e como cidadão. Ninguém faz nada por eles, só xinga", afirma Caio Alcântara Machado, o organizador da exposição temática desse nicho de mercado. "É um segmento que movimenta US$ 2,2 bilhões por ano. As empresas deviam se interessar mais porque os motoboys são a base dessa economia", completa.

A feira seguiu o receituário de suas similares. Tinha estandes comerciais (como o de uma seguradora) e outros institucionais (por exemplo, o Instituto Brasileiro Contra Fraude de Seguradoras). No quesito entretenimento, contou com uma "gincana da melhor entrega", um show de motociclistas saltando jamantas, um concurso para quem veste mais rápido a roupa de chuva e uma "moto mecânica" que tentava derrubar o desafiante para mostrar a eficácia de um colete com air-bag.

A parte musical incluía o rap do motoboy ("Ei, Cachorro Louco/Todos os Motoboys/Todo Dia Eu Corro Risco") e o funk da namorada do motoboy ("Eu Só Quero Namorar Motoboy/O Gostoso é Que na Moto Montar Não Dói").

Mas a atração principal foram os concursos de beleza que escolheram a musa da categoria e o galã entre esse tipo de trabalhador. O vencedor foi Renato Costa, motoboy de Guarulhos. "Fui fazer uma entrega em Osasco, cheguei com uma mancha de poluição nos olhos. A maquiadora teve que limpar antes de passar base", contou o ganhador de uma moto chinesa Mizu e de um contrato de dois anos com a agência de modelos Faro.

Ele, como os outros sete concorrentes, foi recebido pelo público com expressões como "biba", "baitola" e "perigosa". Mas eles sabiam que corriam esse risco. "A recepcionista da firma que me inscreveu. Dei risada na hora, mas depois topei. Sabia que os camaradas iam zoar", se resigna Renato, que diz fazer sucesso nas entregas. "Quando eu levo pizza à noite, tem uma mulherada que sempre pergunta se estou namorando."

Já no concurso feminino não era obrigatório ser motogirl. Só uma entre as 16 finalistas tinha familiaridade com as motocas: a auxiliar administrativa Cristiane Pizolio três vezes por semana faz entrega sobre rodas. "Os motoboys não são solidários com as mulheres. Uma vez caí na avenida 23 de Maio, e ninguém socorreu", reclamou a concorrente, que beijou a namorada ao sair da passarela quando soube que havia se classificado para a final. Teve de ouvir o coro: "Beija nóis, não beija ela".

Segundo os organizadores, para cumprir o papel de musa dos motoboys tem de ser curvilínea (mais popularmente, boazuda). "Tem de mostrar o que eles gostam, ser bastante animada", teoriza Ana Paula Minerato, 18, cuja curtíssima saia oferecia ao público algo mais que suas pernas torneadas conseguidas com três horas de musculação quatro vezes por semana. "Queria vencer para vender a moto de prêmio e colocar seios de silicone como fez minha irmã", confessa. A premiação-extra para as mulheres era um ensaio sensual na revista Premium.

No corpo de jurado, um corpo se destacava: o da ex-motogirl e ex-BBB Lea. "Fiquei muito famosa. Onde eu ia entregar as pessoas queriam conversar. Isso atrapalhava. Trabalhei duas semanas após o programa e parei", conta a garota que trabalhou três anos antes de entrar para o reality show da TV Globo, fazer quatro operações plásticas e sair pelada em revista masculina. Hoje, ganha a vida com o cachê de eventos como o deste domingo.

O fenômeno social de 20 anos de existência (a versão motorizada dos antigos office boys) encontrou sua forma comercial nas mãos de dois irmãos quatrocentões, Caio e Luis Alcântara Machado. A família está no Brasil desde a época colonial, com direito a bisavó jurista, tio-avó escritor e avô deputado federal, além do pai ter sido o pioneiro das feiras no país, liderando empreendimentos como a Fenit, a UD e o Salão do Automóvel. Mas a empresa à frente desses eventos foi vendida, e hoje os herdeiros buscam nichos alternativos para criar eventos (eles também organizam um festival para pizzaiolos).

O que não faltam são produtos nessa subcultura. Há colete com fitas reflexivas, com espaço publicitário nas costas e até com air-bag (tecnologia japonesa que custa R$ 950, acima do nível salarial da categoria). Há capacetes personalizados, baús, grifes de "racing wear" e calçados de proteção que custam R$ 139 e possuem bico reforçado de plástico, evitando as pontas de aço que ativam os sensores de metal e atrasam a vida desse profissional na entrada dos bancos. "Cadê a Honda, a Yamaha e a Suzuki? Somos uma classe gigantesca e geramos uma indústria milionária. Parece que não querem associar a imagem à nossa categoria", critica o sindicalista Gilberto dos Santos.

Quem estava por lá era a emergente chinesa Miza, com suas peças fabricadas em Xangai e montadas no Tatuapé. Seu modelo mais básico (de 125 cilindradas e valor de R$ 3.900) foi batizado com o sugestivo de Esquema. "É uma moto para a classe C. O nome é para mostrar que comprar essa moto é um bom esquema", afirma o gerente administrativo João Carlos Lima. As instruções no tanque de gasolina estão em inglês, francês e alemão, mostrando como ela, além de barata, estava endereçada para outros mercados.

Sintomaticamente, a feira aconteceu na Expo Imigrantes, vizinho ao Parque do Estado, local notabilizado por um dos motoboys mais famigerados: Francisco de Assis Pereira, o chamado "maníaco do Parque", que violentou e matou 11 garotas por lá dez anos atrás.

Os motoboys lutam atualmente para reverter a imagem de vilões do trânsito e de marginais motorizados, rótulo a cada reportagem sobre eles. Eles preferem ser reconhecidos, por exemplo, como os garçons sobre rodas da cidade, afinal, 40% de todas as pizzas consumidas em São Paulo são levadas por motoboys. Mas se precisarem também podem ser lembrados pelo seu crescente papel político, com o sindicato planejando novo protesto nas Marginais entre os dias 14 e 15 de fevereiro para criticar a proibição de trafegar na via expressa.
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